Comentário das imagens expostas


quinta-feira, 31 de março de 2011

DUCATI DIAVEL




Apesar de ter sido convidado não pude comparecer na passada 6ª feira ao jantar de apresentação da Ducati Diavel em Mirandela no restaurante Flor Do Sal.


Segundo me foi transmitido as opiniões foram diversas em relação a mota mas todas elas foram unânimes que foi uma noite muito bem passada na companhia dos amigos e "duas especiais amigas".



As imagens são bastante ilucidativas.....



Um abraço




Filipe Lage


quinta-feira, 24 de março de 2011

BMW K 1600 GT – A todo poderosa

Por ocasião da revisão dos 21 mil K da minha RaTa no concessionário BMW em Aveiro, deram-me a oportunidade de dar uma voltinha na novíssima K 1600 GT, muito por gentileza do seu técnico de vendas – João Gonçalves (a ele o meu muito obrigado), pois a mesma estava semi-desmontada para colocação de acessórios.
Convém antes de mais esclarecer que, qualquer semelhança da GT com a minha é pura coincidência, pese embora se destinarem ao mesmo tipo de uso e terem muitas semelhanças nalguns componentes. Talvez por isso, se tivesse uma GT, nunca lhe chamaria RaTa, pois a GT é muito mais possante. Decerto iria chamar-lhe um nome algo mais másculo (pénis?). Apesar de tudo a RT é a minha referência e por isso é com ela que vou comparar a GT.
A diferença mais palpável é sem dúvida o nº de cilindros – 6, 3 vezes mais que a RT! Ao andar na GT, sente-se um binário poderoso quase na mesma proporção do número de cilindros. É esta pujança que nos permite questionar-nos, para quê velocidades automáticas? Depois de engrenada a sexta velocidade, ficamos com a sensação de que não é necessário mudar mais. A 30 Km/h e cerca de 1000 rpm, nada reclama.
O acelerador já não tem cabo, é electrónico, muito sensível ao tacto. Os seis cilindros a trabalhar ao ralenti, parecem um zangão zangado. Ao arrancar até tinha medo de acelerar, mas depois verifiquei que o motor até nem é muito brusco, mas cuidado com a genica dele. No entanto o som (não me atrevo a chamar-lhe ruído) parece estar constantemente a avisar-nos que aquilo não é um brinquedo.
A posição de condução é para mim, simplesmente perfeita. Tem o assento ligeiramente mais baixo e o guiador obriga a ir um pouco mais inclinado para a frente, a aproximar-se de uma posição turístico-desportiva, mas longe desta última.
A curvar nota-se mais o peso que na RT, no entanto deixa-se levar sem esforço, com a vantagem de não precisar de praticamente de reduções de caixa nas curvas mais lentas. Consumos? Quando arranquei o computador marcava 6 l/100 e ao regressar marcava o mesmo. Nada mau para uma 1600.
Já a tinha visto em fotos e algumas referências positivas sobre a sua ligeireza para os seus 330Kg (depósito cheio), no entanto esperava que fosse mais “gorda”. Tendo os pés mais perto do chão e estreita entre as pernas, acaba por compensar o seu maior peso em relação à RT. Por outro lado o conjunto do painel de instrumentos e retrovisores, acabam por lhe conferir um ar mais esguio e ligeiro.
Os comandos nos manípulos são muito parecidos à RT, no entanto as funções são muito diferentes. Nota relevante para o computador de bordo, estilo TFT a cores, perfeitamente legível, com todas as funções – rádio, suspensões electrónicas, GPS, pressão dos pneus, aquecimentos dos punhos e dos assentos, níveis de potência do motor, nível da gasolina, temperatura do motor, temperatura ambiente, etc. Na RT é mais imediato o acesso às funções, mas na GT com habituação também acedemos rápido, mas acima de tudo o aspecto é simplesmente fantástico.


Quase me ia esquecendo de um equipamento único no mercado, de estreia mundial – o farol direccional que aumenta a luminosidade nas curvas. Como não utilizei, não posso dizer nada, mas decerto deve ser muito útil… à noite, claro!
É difícil por defeitos a esta moto. Estamos a falar do topo de gama da BMW - 25.500 € de moto (GPS incluído)! Tal como me custou um pouco adaptar-me à caixa de velocidades da minha RaTa, com a da GT também não me entendi muito bem. Os travões da frente, aparentemente iguais aos da RT, não é que travem mal, mas pareceram-me um pouco curtos para a potência e peso desta máquina. Se lhe colocassem uns radiais, nem que fosse só para encher os olhos, penso que não tinha nada de mais.
Por fim vamos àquilo que é mais subjectivo – as suas linhas. Ao contrário da sua antecessora K1300GT, considero a 1600GT lindíssima. Tem umas formas muito estilizadas, que aliadas à qualidade e ao pormenor dos seus acabamentos a tornam quase perfeita. Até as malas laterais são uma autêntica escultura, as quais são destrancadas com uma simples pressão num botão existente no manípulo direito, em conjunto com dois pequenos compartimentos existentes em cada um dos lados das carenagens laterais.
Findo este pequeno teste regressei à minha calma e descontraída RaTa, mas com pouca vontade de regressar pela aborrecida auto-estrada. Por isso, e porque o tempo ameno assim o convidava, desviei a minha rota pela serra do Caramulo e em Lamego voltei a sair da linha e fui pela nacional até à Régua.
Que mais é que se pode pedir de uma revisão?




segunda-feira, 21 de março de 2011

As primeiras GAZADAS de Primavera !!!










Sim é verdade que eu pertenço a um grupo bastante restrito no nosso pais que de facto anda de mota o ano inteiro, pois normalmente quase todos dizem que sim mas na verdade ui ui esta frio... ai ai a chuvinha... enfim desculpas !!!!

Contudo tenho que admitir sem complexos que umas gazadas com uma temperatura de + ou - 20º e acompanhar com um dia de sol é simplesmente FABULOSO !!!!!!!!!!! " qual chuva qual que ??? meu rico SOL !!!! "

Pois foi o que aconteceu no passado sábado. Um dia magnifico para que eu e claro o meu companheiro Mário fosse-mos dar umas GAZADAS . E que gazadas ficando como testemunha a Rampa porca de Murça ... sim sim a famosa rampa onde se disputarão subidas alucinantes de pilotos de automóveis de cariz nacional e internacional.

Podemos dizer que as nossas GS e RT já escreveram nesse asfalto com umas derrapagens dignas de registo" ESP e ABS - OFF e claro ESA no modo SPORT " e toca a sentir a verdadeira adrenalina...


he he e no final o Mário com cara de admirado... "Não tenho travões " ....

Bom mas nem tudo foram corridas.

Fizemos uma passagem pela Serra de St. Comba com a sua paisagem sempre inacreditável e mais para o fim da tarde ainda deu para beber uma água com o nosso amigo Humberto.


Com isto tudo só se poderia pedir mais uma coisa que é o dobro dos kms!!

Um abraço e boas Gazadas!!!



FILIPE LAGE

terça-feira, 8 de março de 2011

Amendoeiras em flor a 100 à hora

Existem muitos motivos para nos ficarmos pelas intenções: doença, mal-estar, cansaço, trabalho acumulado, imperativos de ordem familiar, preguiça, reparações/trabalhos caseiros que ninguém quer fazer, enfim, quase tudo serve de entrave para fazer aquilo que mais gostamos.
Fácil, fácil, é nada fazer, como por exemplo ficar na caminha até mais tarde e dar uma segunda volta aos sonhos, sentar à mesa e comer um refastelado almoço, ou simplesmente estar no sofá a ver televisão.

Sábado, 5 de Março de 2011. Depois de durante dois dias, armado de uma sachola, combater arduamente contra um duro inimigo que não cedia perante os meus golpes (sacholadas), desabituado a este tipo de “desporto” (os tais trabalhos caseiros), doíam-me as costas e já pouca força tinha nos braços e nas mãos.
O lógico seria à tarde, dar um mergulho no sofá e fazer estiramentos com os dedos no comando da televisão. Mas não. Aquilo que me apetecia mesmo era “snifar” de forma intensa a minha droga – andar de moto. Por estranho que pareça, ao invés do comum, andar de moto não me dá dores de costas, tira-mas!
Há alguma coisa mais bonita do que amendoeiras cobertas de flores celestiais a anunciar a Primavera? Sim! O alcatrão negro e lisinho, com muitas curvas!
Com isto tinha o pretexto e o motivo para zarpar. Mesmo sem o meu companheiro de sempre – o meu amigo Filipe, decidi avançar, só que desta vez em modo “lobo solitário”.
Por volta das 14H30, com as botas nos pés e as luvas nas mãos, eu e a minha RaTa avançamos pela EN2 em direcção a Peso da Régua. O tempo não estava bom nem mau, o céu estava nublado, mas as nuvens estavam altas, não dando mau presságio.
Pela nacional 2, nada de novo, apesar de a arrebatadora A24, tornar cada vez mais esmorecida a memória de quando fazia das curvas rectas, e das rectas auto-estrada. Com as portagens para breve e o preço da gasolina a subir a pique, talvez nos faça regressar ao passado mais rápido do que pensamos.

Em Fortunho entrei na A24 para evitar passar por Vila Real e voltei a sair para Nogueira, depois da zona industrial de Constantim.
A EM313, que vai até à Régua, constituiu durante muito tempo uma válida alternativa à EN2 que passa por S.ta. Marta de Penaguião, cujas curvas são tão fechadas que nem as motos gostam de as fazer.
Na EM313, as curvas são muito mais amigáveis (o piso um pouco irregular), mas acima de tudo tem uma paisagem deslumbrante para as encostas vinhateiras e as aldeias que lhes servem de apoio.
Passada a velha ponte sobre o rio Douro, enveredei pela EN212 em direcção a S. João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa.
À esquerda o imponente rio Douro e à direita imponentes montanhas com pendentes que metem respeito. É por isso que normalmente existem restrições ao trânsito devido a derrocadas, mas o seu trajecto é fácil, plano e com muitas rectas.

Próximo de Pinhão, virei à direita e comecei a subir uma infindável pendente com curvas fechadas e mau piso, mas lá no alto, já próximo de S. João da Pesqueira, até V.N. de Foz Côa, o trajecto tornou-se muito mais agradável, permitindo ver mais de perto o alcatrão das curvas.
Apesar de a flor das amendoeiras ser o pretexto, não posso deixar de fazer uma menção honrosa às mesmas, tanto mais que neste período celebra-se em Foz Côa, até 13 de Março, a XXX (lê-se 30ª - não é porno!) Festa das Amendoeiras em Flor. Penso que também devem ser um pretexto, pois não se vêem assim tantas como isso!
Já na N102/IP2/E802, até ao Pocinho, posso dizer que me diverti à grande e à francesa, ao percorrer aquelas curvas bem desenhadas e intuitivas, dando a sensação de ir sobre carris.
Passada a barragem, toca a subir uma estrada meia degradada, meia em obras, melhorando a partir do momento que deixamos a companhia do rio Douro e depois do rio Sabor.
Ao desviar para Vila Flor por uma espécie de atalho, que é a EM608, voltou a diversão, estrada acima, com curvas algo apertadas mas que convidavam a despertar os sentidos.
De Vila Flor a Mirandela pela N213, também foi um docinho, com um traçado bem ao meu gosto,
sempre enquadrado com paisagens férteis e verdejantes, pese embora ainda estarmos no Inverno. Ao passar pelo Cachão, senti um odor que muito me agradou, vindo das chaminés dos lagares de azeite (mas se calhar poluente!).
Chegado a Mirandela, já eram 18H00 e por isso não havia tempo a perder, pois o sol estava a avisar que não aguentava por muito mais tempo. Rumei pela aborrecida via rápida EN213, e a partir de Valpaços, na estrada mais restritiva e castrada do concelho e arredores, ainda deu tempo para evitar o papão do radar da Policia.
Chegado a Chaves, assim terminei a minha viagem, com um sorriso na cara e 280 Km na RaTa
.
Esclarecimentos:
Este passeio foi feito exactamente à média de 100 à hora! Dúvidas?
O quê? O tempo total gasto não coincide com a média? Pois não, porque parei para apreciar a paisagem, tirei fotos e como sou gente também parei para comer…e tive que fazer as curvas, claro!
A média excede o limite legal de 90 Km/h em estrada nacional? É verdade, mas há que ter em conta que percorri uma parte em auto-estrada, que fez aumentar a média!
Afinal tudo bate certo!!!