Comentário das imagens expostas


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mais TT....

Mais um fim de semana de Todo-terreno em Chaves. Desta vez eu fiquei de rastos, e não foi preciso muito.. Ficam aqui algumas imagens, tudo captado, editado e publicado via iPhone...
Abraços.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mundial de Superbikes em Portimão


A Catarina preparada para o mau tempo

Com uns bilhetes “low cost” e muita vontade de virar quilómetros na moto, eu e a Catarina na minha “RaTa” e o Xavier mais a sua companheira na sua GS, rumamos a Portimão para ver a última jornada do Mundial de Superbikes. Tomamos o caminho mais divertido, mas mais demorado – Chaves – Mirandela – Vila Flor – Pocinho, onde constatamos com agrado que a nova IP2 já está aberta em toda a sua extensão até à A25 (cerca de 70 Km, pena o limite de velocidade ser só de 90 Km/h) – Guarda – Covilhã – Fundão – Castelo Branco - Portalegre – Estremoz – Évora – Beja – Lagos.
Xavier e a Carla na sua GS
Saímos por volta das 16H00 e às 00h15 estavamos à porta do nosso alojamento. Nada mau para um percurso com tantas limitações de velocidade e algumas paragens.
No dia seguinte fomos ver os treinos. Tivemos oportunidade de ir ao Paddock para ver as celebridades e toda a pafernália de camiões de assistência das equipas. Aí deu para verificar que a exuberante namorada do Marco Melandri (Manuela Raffaetà) é mais favorecida na televisão do que ao vivo!
A Manuela Raffaetà ao vivo e a cores
Ficamos um bocadito desiludidos no acesso ao Paddock, pois julgava que o passe também dava para ir ao “pit lane” ver as motos dos campeões nas suas garagens. Este ano a organização do evento aburguesou e limitou (e encareceu) mais os acessos do que no ano passado, ano de estreia.
Em compensação demos a volta à pista a pé, de bancada em bancada, procurando a aquela que nos desse a melhor perspectiva das motos para o dia das corridas. 

Carlos Checa em acção, vencedor da 1ª manga

O dia, apesar de curto, ostentava temperaturas que faziam inveja ao Verão e por isso fizemos questão de ir até à praia, e surpresa (!), a água estava óptima, mesmo ao anoitecer, coisa que nunca a encontrei assim noutros anos, em pleno Verão.
No Domingo foi o dia das corridas. Constatamos, porque é que o Carlos Checa é campeão do Mundo, ao ganhar com astúcia e perícia a primeira manga de SBK e na segunda ganhou o Marco Melandri com uma Yamaha, marca esta, que já anunciou que se vai retirar desta competição. Tenho pena que aconteça, ainda por cima com uma moto competitiva que ficou em 2º lugar do campeonato.

Marco Melandri, vencedor da 2ª manga

Nas Supersport não houve grande história. O já campeão do mundo Chaz Davies voltou a dominar sem dar hipóteses. Destaco o nosso Miguel Praia, que apesar de sair algo atrasado na grelha (13º), recuperou até um meritório 8º lugar.
Miguel Praia
Depois disto, restou-nos “dar corda aos sapatos” e pôr-nos no caminho de regresso a casa. Para variar e como era véspera de dia de trabalho viemos pela auto-estrada – A22 – A2 – A13 – A1 – IP3 – A24. Com partida às 16H30, cerca das 22h30 já estávamos em casa.
E com isto fizemos uma tripla despedida: do mundial de Superbikes, do bom tempo e das SCUT de borla. Que tristeza! Para o ano há mais… se a crise assim o permitir!

Uma rara Victory Vision Tour  no estacionamento do Autódromo


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Abertura Oficial da Época de Todo-Terreno.

A direcção deste distinto blogue, declara "OFICINALMENTE" aberta a temporada de Todo_Terreno em Todo o Portugal Continental, Açores e especialmente Madeira (porque nós gostamos é de buracos), ASS: O Vice-Consul de Vilar de Nantes em Matosinhos, Eduardo Bielas.


sábado, 1 de outubro de 2011

Suzuki DL 650 V-Strom – A moto fantástica

De todas as motos que tive até agora, a Suzuki é aquela que tem ocupado mais quantidade, tempo e distância na minha vida, e por isso ainda me desperta um certo desejo de voltar às origens.
Esta marca não é de grandes revoluções e luxos, mas tem feito ao longo da sua história excelentes motos. Não é tão bem acabada como por exemplo a Honda, mas é muito mais competitiva na relação qualidade-preço.

Já tive duas GSX750F (em 89 e 98), uma das quais rolou nas minhas mãos durante 115.000Km (com zero problemas) e uma DR350 para andar no monte.
A antiga 650 V-Strom já saiu há cerca de 7 anos, derivando da irmã maior - DL 1000, sendo que esta última acabou por ter uma curta carreira devido às fracas vendas. Vá-se lá saber porquê.
Em contrapartida a 650 teve um franco sucesso de vendas, granjeando rasgados elogios sobre as suas qualidades dinâmicas e ganhando nas revistas da especialidade todos os comparativos da sua classe. O sucesso foi tão grande que até no nosso pouco motociclista país existe um fórum só para a V-Strom. (http://www.vstromportugal.com/vstrom/index.php)
O motivo do sucesso? Muito maneável, polivalente, com uma excelente protecção aerodinâmica, a qual juntamente com um grande depósito de 22 litros lhe conferem boas qualidades turísticas e claro, umas linhas bonitinhas que geraram consenso. O motor, com dois cilindros em V, é potente quanto baste, solto e alegre.
Perante todas estas boas qualidades, mal se anunciou que ia sair o novo modelo, fiquei na expectativa de ver se conseguiam melhorar aquilo que já era bom.
Ainda tive que me “esforçar” para conseguir andar na moto de testes. Foi-me cedida uma, que andou nas mãos dos jornalistas nestes últimos meses e fui apanhá-la no concessionário Suzuki de Sto. Tirso.
O gerente, ao entregar-me a moto disse-me “olhe que é fantástica” e eu pensei – as motos para serem fantásticas têm que custar no mínimo 15.000€! Nada mais errado.
Olhando para o seu aspecto exterior, a sua principal diferença é ter a carenagem mais compacta, conferindo-lhe um ar muito mais ligeiro. Em cima dela a diferença é ainda maior com um pequeno, mas acertado painel de instrumentos. A traseira melhorou muito. A Suzuki sempre foi propensa a fazê-las feias. O primeiro prémio dava-o à minha antiga GSX750F de 98 por parecer a ponta de uma ogiva nuclear, o segundo à antiga V-Strom com o seu ar sisudo e pesado, e o terceiro à Hayabusa, pela ostensiva marreca. Posso dizer sem receio de controvérsia, que esta nova traseira está bem conseguida, estilizada, dando-lhe um aspecto muito ligeiro, com o escape bem rematado, apesar de todo ele ter um aspecto geral algo básico (orçamento assim o obriga).
A posição de condução parado é simplesmente perfeita e em andamento notamos o bom conforto do assento e o espaço que nos deixa atrás do rabo para tomarmos uma posição de condução mais desportiva (ao contrário da MTS 1200, em que ficamos “entalados” no assento).
Já com o motor ligado, o mesmo apenas rumoreja, mas ao acelerar mostra ter carácter, sem qualquer “poço” na curva de potência. Com 68 cv, não tem a pujança de uma moto de topo, mas não nos sentimos limitados para fazer seja o que for. E a curvar, que bem se deixa levar! Imagino que, depois de nos adaptarmos convenientemente, não há potência que bata esta moto.
De realçar o mostrador LCD, o qual entre outras coisas nos dá a velocidade engrenada e a temperatura ambiente. O consumo médio, contador parcial, etc. é-nos dado de forma alternada carregando num botão situado no punho do lado esquerdo. Um pormenor bastante raro neste segmento de motos. E quanto a beleza, faz roer de inveja a motos muito mais caras, como é o caso da Yamaha SuperTénéré.
Outro aspecto que não me passou despercebido, foi a protecção aerodinâmica. Como é sabido, aquilo que mais aborrece numa viagem mais longa ou no Inverno, é quando o vento vai direito ao capacete, gerando ruído, turbulência e muitos cadáveres de mosquitos. Pois bem, nesta moto o vidro deflector na sua posição mais alta (é regulável) ficou-me mais que perfeito. Nem uma brisa, mesmo a mais de 120Km/h. Penso que deve ser suficiente para a minha altura, na posição mais baixa.
Também importante é a panóplia de acessórios de viagem que podemos adquirir de origem: punhos aquecidos, vidro deflector maior com apêndice aerodinâmico, malas laterais (pena serem necessários aqueles inestéticos suportes em ferro), mala superior, protector de cárter (de plástico).
Maus pormenores? Sim, existem, mas com pouco relevo. Não gostei do acabamento do vidro deflector com aqueles 4 parafusos, cada um deles enfiados num profundo buraco (o vidro maior em opção parece já não ter esta lacuna, pois está tapado como no modelo antigo), e o facto de ser necessário desapertar esses mesmos parafusos para regular o vidro. Gostava que o depósito não tivesse perdido os 2 litros da antiga, mas a verdade é que prefiro mil vezes a motinha com aspecto esguio e ligeira, mesmo sabendo que um dia posso ficar pendurado na estrada por falta dessa gasolina. A silhueta da moto deixou de ter uma personalidade tão vincada como o modelo antigo, mas isto é como as mulheres bonitas, ao serem tão bem delineadas e perfeitas acabam por parecer (quase) todas iguais.
Esqueci-me falar dos consumos. Quando agarrei nela o computador de bordo marcava 5,3l/100. Durante a minha volta ainda baixou para 5,2. Um bom indício de que gasta pouco, apesar de ter puxado por ela.
Para não deixar nada por dizer, a caixa de velocidades pareceu-me correcta e as suspensões, no primeiro contacto, algo duritas, mas depois de alguns quilómetros pareceram-me bastante equilibradas. O amortecedor de trás tem um comando muito acessível para regular em compressão, no caso de se levar passageiro ou carga.
Confesso que adorei a moto. Quando a devolvi ao gerente disse-lhe que tinha razão, é mesmo fantástica. Com 9.000€, conseguimos fazer o mesmo que uma com o dobro do preço e divertimo-nos igual ou melhor, pois também é benéfico para o nosso ego sentir que dominamos (esprememos) a máquina e não ao contrário. 
Se a prefiro à Cross Runner? Gosto mais das linhas da Honda, e ainda do mágico motor V4. Porém a Suzuki é muito mais económica (gasta menos 1-1,5l/100 Km) e custa menos 2.000€, é mais confortável e dá para rolar em caminhos, subir e descer passeios, etc.. Dois mil euros, é pouco dinheiro para ti? Então compra a que quiseres. Se é muito, então escolhe a V-Strom.