Comentário das imagens expostas
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
HONDA NR750.... ainda se lembram?
Em 1992 a Honda apresentou ao mundo uma montra de tecnologia chamada NR750. Entre outras coisas esta mota tinha: pistões ovais, para poder ter 8 valvulas por cilindro; 2 bielas por pistão; já utilizava fibra de carbono e titânio; era uma 750 com 125 cavalos, etc, etc, etc....
Ainda Hoje é uma das minhas motas de sonho e uma das motos mais bonitas alguma vez construida.....
Os célebres pistões ovais de duas bielas e 8 válvulas por cilindro
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Honda NR 750
Year - 1992
Engine - Liquid cooled, four stroke, 90°V-four oval cylinder, DOHC, 8 valve per cylinder - 32 Valve
Capacity - 747.7Bore x Stroke101.2 x 50.6 x 42 mm
Compression Ratio - 11.7:1
Induction - Electronic fuel injection 8x 30mm chokes, 2 injectors per cylinder
Ignition / Starting - Computer-controlled digital / electric
Max Power - 125 hp 92 KW @ 14000 rpm (rear tyre 115.8 hp @14500 rpm)
Max Torque - 47.9 hp 6.6 kg-m @ 11000 rpm
Primary Trasmission - Kevlar Compound System
Secondary Transmission / Drive - 6 Speed / chainFront
Main Frame - Aluminium
Suspension - 45mm Showa inverted telescopic forks, preload, compression and rebound damping adjustment.
Rear Suspension - Pro-link arm Showa monoshock, preload, compression and rebound damping adjustment.
Front Brakes - 2x 310mm disc 4 piston calipers
Rear Brakes - Single 220mm disc 2 piston caliper
Front Tyre - 130/70 ZR16
Rear Tyre - 180/55 ZR17
Dry-Weight - 220 kg
Fuel Capacity - 17 Litres
Consumption average - 12.6 km/lit
Braking 60 - 0 / 100 - 0 - 12.9 m / 35.9 m
Standing ¼ Mile - 11.4 sec / 197.3 km/h
Top Speed - 257.3 km/h
Others: Honda's advanced forward thinking design features for the time included, front indicators integrated into mirrors, twin exposed side mounted radiators, underseat exhaust and a louvred swooping fairing constructed from carbon fiber with a one piece tail unit. The rider was protectd from the wind by a titanium tinted windscreen.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Concentração de motos em Góis
Mais uma vez foi num “flash” resolvermos ir a Góis. Decidimos dois dias antes e tivemos a sorte de conseguir um quarto, de sexta para sábado, na única pensão/residencial que lá existe, por desistência naquela hora.
Para mim o mais aliciante era conhecer uma terra cujo nome só tinha ouvido falar devido à concentração, implantada numa região onde nunca tinha ido. Ver motos, muitas motos, também é para mim uma forma de passar bem o tempo.
Góis é uma vila a 45 Km de distância a Este de Coimbra. Não sei se devia ser vila, pois já vi aldeias bem maiores. Quando lá chegamos estava muito calor e abafado. Passamos por cima de uma estreita ponte em pedra, de um só sentido, e de repente tive uma visão! Um pequeno rio (Ceira), de águas cristalinas, com uma pequena presa e uma praia de areia branca no meio! E como se não bastasse, tinha junto um bar com uma enorme esplanada, sendo que duas das suas mesas estavam implantadas na água onde só se conseguia lá ir de barco ou a nado e as bebidas eram servidas através de um braço deslizante.
Depois de me desembaraçar da bagagem e armadilhar a moto com todos os alarmes e cadeados que tenho, rapidamente enfiei-me na água (não muito fria como costumam ser as águas dos rios) e assentei – só por causa disto já valeu a pena!
Não pensem que a paisagem é idílica e perfeita, mas acreditem que cativa a vontade de lá voltar. Talvez seja um dos grandes motivos de sucesso crescente da concentração (18º edição!). Depois de explorar mais a zona, verifiquei que para jusante, o rio tem ainda mais duas presas e duas ilhas com areia branca.
À noite entramos no recinto da concentração. Notava-se que estava tudo muito bem organizado e arrumado. Não tinha a grandiosidade de Faro, mas também não tinha o pó e a porcaria, como por exemplo as latrinas, mesmo estando junto a elas, nem se notava.
Por sorte, tivemos um belo serão com os grupos que estavam em agenda. De entrada, os “Tara Perdida” e como prato principal os “Quinta do Bill”. Penso que não perdemos nada em não assistir aos grupos de Sábado com o desvitaminado João Pedro Pais.
Sábado chuviscou de manhã, mas em nada destemperou a elevada temperatura e por isso, banho no rio! Almoçamos e depois, mais banho no rio! O ambiente era bom: muitas motos, muito movimento, pese embora aqueles muitos energúmenos de chinela no dedo a fazerem estridentes ráteres, “burn out” ou lá que é isso.
E pronto, finda a tarde resolvemos regressar, entramos no IP3 em Penacova e depois com a A24, em cerca de 2 horas estávamos em casa felizes e contentes.
Um abraço.
domingo, 21 de agosto de 2011
Raide aos Picos da Europa e Gijón
Chamo-lhe um “raide”, porque usamos, eu mais a minha cara-metade, apenas 2 dias e uma noite para percorrer mais de 900 Km , visitas incluídas.
Como a viagem era para ser de moto, dei primazia ao trajecto, de forma a ser na sua maioria fora de auto-estradas, para assim desfrutar das curvas e da paisagem. Ciente de que as estradas espanholas não desiludem na sua qualidade, planeei por onde bem me pareceu, com preferência por áreas por mim desconhecidas e passar nos Picos da Europa.
Já bem dormidos (10h00!) arrancamos em direcção a “A Gudiña” pela autovia deles, que dista cerca de 40 Km , e depois disso rumamos em direcção a Ponferrada (http://www.vivaleon.com/ciudad_de_ponferrada_leon.htm) , uma cidade bem no interior, de dimensões
consideráveis, que a muitos passa despercebida, e a mim também, pelo que tenho pendente uma visita pormenorizada ao seu centro.
Sem olhar para trás, continuamos a bom ritmo até León, onde almoçamos sem demoras. Depois rumamos até aos Picos, mas desta vez escolhi um itinerário diferente do usual, que, passa em Potes. Assim, por entre escarpas fascinantes e sempre acompanhados por rios de montanha e vegetação centenária, subimos o maciço a Oeste, por “Oseja de Sajambre” e depois descemos a montanha, com curvas muito vagarosas e algo estragada nas curvas pela neve do Inverno. Já lá em baixo, foi sempre a andar, tendo-nos posto em pouco tempo em Gijón, muito com a ajuda da Autovia del Cantábrico – A8.
Visto o que havia para ver, no dia seguinte regressamos. Após uma breve hesitação, porque estava a ver que íamos demasiado cedo para casa, decidimos parar em Oviedo, uma cidade que por diversas vezes tinha passado ao lado. Acertada decisão! Descobrimos ser uma cidade bonita, agradável, cheia de locais de interesse e com muita história. Basta dizer que estiveram lá os romanos!
Lá para o meio da tarde arrancamos para a última tirada e mais uma vez tivemos uma surpresa não prevista no nosso trajecto: a passagem por um maciço – o parque natural de Somiedo (http://www.parquenaturalsomiedo.com/), mesmo à entrada da província de Castilla y Leon.
Depois de mais umas dezenas de quilómetros voltamos a pisar Ponferrada e a partir daí foi mais do mesmo, com temperaturas bem quentinhas acima dos 32ºC.
Considero este um belo trajecto, e por isso estou perfeitamente à vontade de recomendar esta voltinha, que se “digere” muito bem, tanto em distância como em paisagens.
Um abraço.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Dos Pisões à Venda Nova
Não é nada a propósito da nossa última viagem a Vieira do Minho, pois sempre que vou a Braga e tenho tempo, (de moto, claro!) vou por esta estrada.
Por isso resolvi falar deste pequeno tramo. É uma daquelas pequenas coisas que me fazem sorrir, Cada vez que lá passo, e cada vez que o faço, maior fica a vontade de regressar.
Pisões é uma localidade que deu nome à barragem (ou terá sido ao contrário?) e Venda Nova a mesma coisa, mas esta última sei que foi mesmo a barragem que adoptou o nome da aldeia.
A estrada que une estas duas localidades é a já anteriormente por mim aclamada N103; um troço renovado de curvas rápidas, com cerca de 16Km, com alguns cruzamentos, mas sem atravessar localidades, acompanhando de forma quase contínua o rio Rabagão.
O Inverno que passou não foi propriamente de seca, mas ambas as albufeiras estão abaixo do nível, o que torna a paisagem algo desoladora, mas para quem passa de moto pouca diferença faz, pois nem dá tempo para desviar o olhar da estrada, tal é o frenético das curvas.
De Chaves a Braga, é o troço que mais me entusiasma, e porquê? Porque as curvas são abertas e previsíveis, conferindo muita visibilidade, permitindo uma maior velocidade e implicitamente, maior diversão.
Tudo começa quando descemos dos Pisões. Um enlaçado de curvas e contra-curvas algo apertadas, desaguando numa pequena ponte sobre o rio Rabagão. Depois disso encontramos uma grande recta que termina numa curva algo intimadora para quem não a conhece, mas um verdadeiro desafio (em ir rápido) para os repetentes.
A partir daqui é um verdadeiro gozo: curvar e mais curvar sem cansar, até que encontramos uma curva anormalmente apertada, que me faz lembrar uma outra que lhe chamavam a “curva da morte”, devido aos inúmeros despistes dos mais incautos ou inábeis. Nada que se não se resolva: uma velocidade abaixo e um cheirinho no travão de trás e toca a acelerar à saída da curva. Perfeito! Quase me senti um piloto de MotoGP, pese embora o mastodonte que trago entre as pernas (atenção às más interpretações!)
E daí para diante é mais do mesmo, mas todas diferentes. Só provando é que dá gosto.
Dizem que o pior que se pode fazer para ter um acidente de moto é sair sem destino. Pois então, se simplesmente queres dar uma voltinha e não tens onde ir, vai dos Pisões à Venda Nova e regressa! Vais ver que vai ser divertido.
Um abraço e boa viagem.
Por isso resolvi falar deste pequeno tramo. É uma daquelas pequenas coisas que me fazem sorrir, Cada vez que lá passo, e cada vez que o faço, maior fica a vontade de regressar.
Pisões é uma localidade que deu nome à barragem (ou terá sido ao contrário?) e Venda Nova a mesma coisa, mas esta última sei que foi mesmo a barragem que adoptou o nome da aldeia.
A estrada que une estas duas localidades é a já anteriormente por mim aclamada N103; um troço renovado de curvas rápidas, com cerca de 16Km, com alguns cruzamentos, mas sem atravessar localidades, acompanhando de forma quase contínua o rio Rabagão.
O Inverno que passou não foi propriamente de seca, mas ambas as albufeiras estão abaixo do nível, o que torna a paisagem algo desoladora, mas para quem passa de moto pouca diferença faz, pois nem dá tempo para desviar o olhar da estrada, tal é o frenético das curvas.
De Chaves a Braga, é o troço que mais me entusiasma, e porquê? Porque as curvas são abertas e previsíveis, conferindo muita visibilidade, permitindo uma maior velocidade e implicitamente, maior diversão.
Tudo começa quando descemos dos Pisões. Um enlaçado de curvas e contra-curvas algo apertadas, desaguando numa pequena ponte sobre o rio Rabagão. Depois disso encontramos uma grande recta que termina numa curva algo intimadora para quem não a conhece, mas um verdadeiro desafio (em ir rápido) para os repetentes.
A partir daqui é um verdadeiro gozo: curvar e mais curvar sem cansar, até que encontramos uma curva anormalmente apertada, que me faz lembrar uma outra que lhe chamavam a “curva da morte”, devido aos inúmeros despistes dos mais incautos ou inábeis. Nada que se não se resolva: uma velocidade abaixo e um cheirinho no travão de trás e toca a acelerar à saída da curva. Perfeito! Quase me senti um piloto de MotoGP, pese embora o mastodonte que trago entre as pernas (atenção às más interpretações!)
E daí para diante é mais do mesmo, mas todas diferentes. Só provando é que dá gosto.
Dizem que o pior que se pode fazer para ter um acidente de moto é sair sem destino. Pois então, se simplesmente queres dar uma voltinha e não tens onde ir, vai dos Pisões à Venda Nova e regressa! Vais ver que vai ser divertido.
Um abraço e boa viagem.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Passeio por Vieira do Minho
Não sei se é a crise económica ou é tão-somente uma crise de vontades, mas a verdade é que temos feito e participado em bem menos (grandes) viagens de moto do que aquilo que seria de desejar.
Como motivo da vinda de férias do nosso amigo LiCá desde as terras longínquas e inóspitas do Afeganistão (com Honda CB600 S), resolvemos “do pé p’ra mão”, no passado sábado, 30 de Julho, dar uma voltinha só para matar o vício, que já atingia níveis preocupantes, quase radioactivos :).
O Filipe sugeriu para itinerário/tema, a serra do Gerês e eu agarrei nele, enfiei-lhe um cotovelo por Vieira do Minho, para desaguarmos em Cabeceiras de Basto.
Assim, o aperitivo foi a incondicional N103, estrada tão serpenteda como divertida e variada, que passa ao largo de Boticas e Montalegre e bem junto das barragens de Pisões e Venda-Nova.
Quando passamos junto à serra do Gerês, lembro-me de pensar “ainda bem que não decidimos ir até lá”, pois via-se no horizonte um nevoeiro nada convidativo para passear.
Passados Vieira do Minho, para mim passou tudo a ser novo. Ao início a estrada era mais dada para motos trail (daquelas que têm muitos ferros à mostra:)), por ser muito sinuosa e com o piso algo irregular. De repente deparamo-nos com uma barragem – a de Guilhofrei, que tinha uma zona balnear muito agradável e espanto (!) tinha tele-ski (ski puxado por cabo em vez de ser por barco). Todo um pormenor, onde menos se esperava.
A partir daqui a estrada melhorou e depois de Cabeceiras rumamos pela nacional N206 (a antecessora da A7) até que nos afundamos em Ribeira de Pena. Depois foi só dar gás para emergir e percorrer a espaçosa estrada até às famosas curvas da “carreira da lebre” antes de entrarmos em Boticas. A partir daqui repetimos o que já tínhamos feito há umas horas, mas com uma perspectiva diferente.
Apesar de ser só uma voltinha, foram mais de 200 Km, que ocuparam toda a manhã, com apenas meia-hora de paragem.
Foi um belo passeio e que espero que sirva de boa recordação ao LiCá, durante os próximos (menos de) 3 meses que o esperam no Afeganistão. Boa missão para ele e nós cá continuamos a gastar pneus!!!
Um abraço
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