Comentário das imagens expostas


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Andar de moto na Estrada Nacional N103



 A estrada nacional N103 estende-se de Bragança a Neiva (situada 11Km a sul de Viana do Castelo, pela N13), numa extensão total de 265 Km e quase 5 horas de viagem, a uma velocidade legal.

CHAVES fica pelo caminho, a 96 Km de Bragança, e é exactamente por este inebriante troço que vamos viajar.
Quem diz que a Route 66 é espectacular? Qual quê! A N103 é que é a verdadeira estrada, a dos puristas - aqueles que gostam de desafiar a gravidade nas curvas. Mas não numa Harley, claro!

Começamos na extensa recta que antecede Faiões e a partir daí toca a bailar montanha acima: curva à direita, curva à esquerda e contra-curva. Confesso que custa um pouco ao início, com curvas bem apertadas, sem visibilidade, mas ao atingir a famosa Bolideira (a rocha que dizem que oscila - eu nunca vi ) começamos a descer, e nessa altura já temos os pneus quentes e o coração a ferver.
Passamos Tronco e depois de fazermos um cotovelo bem apertado e mais qualquer coisa, atingimos a aldeia que quase podia ser vila: Lebução. Aqui passamos por um bar/gasolineira com um nome muito motard - "Harley Davidson Café - Snack Bar" , bem ao estilo Route 66. Até tinha uma moto a fazer de reclame, mas os amigos do alheio não aguentaram e roubaram-na. O bar já teve uma decoração em conformidade com o nome. Agora, já com o 3º dono, está decorado para ser acolhedor e agradável para ir lá tomar um cafezinho (recomendo).

A partir desta altura as curvas começam a ser mais abertas: um explícito convite para elevar o ritmo, mas mal descemos a montanha, o rio Rabaçal, teimoso e imponente, obriga-nos a fazer mais umas curvas bem lentas e pronunciadas. Mas não interessa, enquanto negociamos com as curvas, tudo passa rápido, até que atingimos Rebordelo, terra onde nos encontramos com o cruzamento para a N315, que vem de Mirandela, via "Bouça".

A partir daí é "ver se me apanhas". O bom piso e as curvas largas, dão visibilidade e confiança para nos esquecermos que estamos numa nacional. Lembra-nos de vez em quando, os caprichosos 50 dos sinais de limitação de velocidade, quando atravessamos dois ou três lugarejos, que nem aldeias são, e aí há que ter cautela, pois a Gê-Ene-Erre, costuma estar por lá à espreita dos incautos... quero dizer... dos imprudentes.
E assim chegamos a Vinhais, uma vila de "risca ao meio" (terra com uma só estrada e casas nas bermas). Uma terra que lhe tem custado afirmar-se devido a uma geografia rigorosa e uma metereologia ao mesmo nível, mas com gente rija e hospitaleira e muito bom fumeiro! Também dizem ter por lá um parque biológico, mas eu nunca o vi.
Não há tempo para reflexões. O gado bovino abunda por aqueles lados e não gostaria de ter um "tête-a-tête" com ele. Há que estar atento.
Com menos de 1/3 do percurso (31 Km) para percorrer, começamos assim um troço de curvas exigentes que nos leva ao rio Tuela. São as minha preferidas . Difíceis por serem algo apertadas mas com boa visibilidade, o que nos dá um impulso para sermos mais atrevidos.
Neste troço as limitações de velocidade são reduzidas. Apenas 1 aldeia (Vila Verde) e uns quantos cruzamentos com estradas secundárias. Um verdadeiro oásis quanto a limitações e regras, no formigueiro em que vivemos.
E assim chegamos à velha cidade de Bragança. Se gostaste do passeio e soube-te a pouco, então volta para trás e terás o dobro das sensações!
Boas curvas

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A minha RaTa

Penso que não ficaria completa a minha apresentação neste blogue, se não vos mostrasse a minha RaTa.
Quem tenha uma RaTa, deve saber realmente o que tem entre as pernas e por isso deve usá-la tanto quanto possível, para a conhecer. Porém todo o cuidado é pouco, em especial com aqueles que nos rodeiam. Ao não ter qualquer protecção, um mau encontro pode ser fatal e trazer consequências irremediáveis.
Já houve quem me dissesse que não a devia usar demasiado, para não a desgastar. Não concordo. Pelo contrário, até penso que se estraga mais se não se usar.
É uma boa companheira. Quando estou triste dá-me música, quando tenho frio aquece-me e contra as inclemências protege-me com o seu escudo deflector.
Apesar de ser volumosa, é delicada e pouco gastadora. Apenas exige coberturas de boa qualidade e gosta que puxem por ela.

Com uma sensibilidade extraordinária, a minha RaTa reage ao mínimo toque. Não lhe importa que eu seja arriscado, impetuoso e até inconsequente; ela está sempre lá, sedenta e aberta para novas aventuras. É a RaTa que todos desejam mas que nem todos podem ter.
Mas nem tudo foram rosas. No início não consegui encaixar com o seu temperamento nórdico e frio. É verdade. Reagi de forma imprópria, ao querer encontrar um calor que não existia. Fui bruto e exigi a sua submissão, e em troca, espanto meu, obtive a sua entrega total.
Por tudo isto não levem a mal por eu afirmar – “A RaTa É MINHA E NÃO A DOU A NINGUÉM!!!”.

Nota:
“RaTa” vem de “RT” – a minha BMW R1200 RT, com o motor mais excitante e retrógrado do mercado!
As imagens expostas são ficção, inclusive aquilo que parece ser urina. Qualquer semelhança com a realidade, não é coincidência.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Eu me apresento...



O Filipe convidou-me a dar uma contribuição para o blogue, e eu avisei-o que era um acto arriscado. Enfim, já está feito e há que arcar com as consequências :).


Como não sei bem como isto funciona, vou iniciar-me com a minha apresentação, motociclisticamente falando.


Certo dia apanhei uma pessoa, de poucas simpatias, a chamar-me à socapa "zé da mota", porque, suponho eu, andava sempre de moto. Confesso que me senti algo ofendido, mas agora reconheço que sou mesmo um zé da moto, aquilo a que chamam os espanhóis com mais eloquência, "un quemado". Quem me quiser ver feliz é por-me o rabo em algo que tenha duas rodas... mesmo que tenha que pedalar. De preferência durante muitos e muitos quilómetros.
Certo dia de fértil inspiração, "pari" uma quadra que ilustra aquilo que sinto :
Andar de moto,
é um prazer devoto,
que a morte não me diz,
porque corro feliz.

Não sei porquê, em Portugal, as expressões referentes ao mundo das motos é sempre trocista ou pouco simpático - motoqueiro - zé das motos - motoreta - motorizada. - Os próprios motociclistas, moteiros ou motards portugueses (escolham a expressão que mais gostarem, pessoalmente gosto mais da segunda) tem pouco a cultura do conhecimento, da solidariedade e da entreajuda. Tudo porque não existe uma tradição. Somos (só me incluo por ser português) uma espécie de novos-ricos das motos e a verdade é que pouco ou nada há a fazer. No entanto não deixo de cumprimentar qualquer motociclista com quem me cruzo, não deixo de parar para ver se precisa de ajuda, quando esteja parado na berma da estrada e agradeço sempre aos condutores dos automóveis que me facilitam a passagem. Foi isso que aprendi, parece-me que fica bem e acreditem que tem retorno, quanto mais não seja conhecer o burro que se cruza à nossa frente.

Um abraço

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

EXPOMOTO
















































Um Abraço
Filipe Lage







DUPLA ESTREIA CBR vs MIGUEL

Ora está mais um passeio...
Desta vez tivemos um novo participante, o meu maninho, que não só gostou mas também encantou com os seus dotes de condução...
Quanto a mim calhou-me o teste das RR que se tornou de certo modo mais positivo do que se esperava. Diga o meu amigo Mário pois quase lhe tive que pedir por favor para me deixar conduzir a MINHA CBR .... he! he!









Abraço
Filipe Lage