A estrada nacional N103 estende-se de Bragança a Neiva (situada 11Km a sul de Viana do Castelo, pela N13), numa extensão total de 265 Km e quase 5 horas de viagem, a uma velocidade legal.
CHAVES fica pelo caminho, a 96 Km de Bragança, e é exactamente por este inebriante troço que vamos viajar.
Quem diz que a Route 66 é espectacular? Qual quê! A N103 é que é a verdadeira estrada, a dos puristas - aqueles que gostam de desafiar a gravidade nas curvas. Mas não numa Harley, claro!
Começamos na extensa recta que antecede Faiões e a partir daí toca a bailar montanha acima: curva à direita, curva à esquerda e contra-curva. Confesso que custa um pouco ao início, com curvas bem apertadas, sem visibilidade, mas ao atingir a famosa Bolideira (a rocha que dizem que oscila - eu nunca vi ) começamos a descer, e nessa altura já temos os pneus quentes e o coração a ferver.
Passamos Tronco e depois de fazermos um cotovelo bem apertado e mais qualquer coisa, atingimos a aldeia que quase podia ser vila: Lebução. Aqui passamos por um bar/gasolineira com um nome muito motard - "Harley Davidson Café - Snack Bar" , bem ao estilo Route 66. Até tinha uma moto a fazer de reclame, mas os amigos do alheio não aguentaram e roubaram-na. O bar já teve uma decoração em conformidade com o nome. Agora, já com o 3º dono, está decorado para ser acolhedor e agradável para ir lá tomar um cafezinho (recomendo).
Passamos Tronco e depois de fazermos um cotovelo bem apertado e mais qualquer coisa, atingimos a aldeia que quase podia ser vila: Lebução. Aqui passamos por um bar/gasolineira com um nome muito motard - "Harley Davidson Café - Snack Bar" , bem ao estilo Route 66. Até tinha uma moto a fazer de reclame, mas os amigos do alheio não aguentaram e roubaram-na. O bar já teve uma decoração em conformidade com o nome. Agora, já com o 3º dono, está decorado para ser acolhedor e agradável para ir lá tomar um cafezinho (recomendo).
A partir desta altura as curvas começam a ser mais abertas: um explícito convite para elevar o ritmo, mas mal descemos a montanha, o rio Rabaçal, teimoso e imponente, obriga-nos a fazer mais umas curvas bem lentas e pronunciadas. Mas não interessa, enquanto negociamos com as curvas, tudo passa rápido, até que atingimos Rebordelo, terra onde nos encontramos com o cruzamento para a N315, que vem de Mirandela, via "Bouça".
A partir daí é "ver se me apanhas". O bom piso e as curvas largas, dão visibilidade e confiança para nos esquecermos que estamos numa nacional. Lembra-nos de vez em quando, os caprichosos 50 dos sinais de limitação de velocidade, quando atravessamos dois ou três lugarejos, que nem aldeias são, e aí há que ter cautela, pois a Gê-Ene-Erre, costuma estar por lá à espreita dos incautos... quero dizer... dos imprudentes.
E assim chegamos a Vinhais, uma vila de "risca ao meio" (terra com uma só estrada e casas nas bermas). Uma terra que lhe tem custado afirmar-se devido a uma geografia rigorosa e uma metereologia ao mesmo nível, mas com gente rija e hospitaleira e muito bom fumeiro! Também dizem ter por lá um parque biológico, mas eu nunca o vi.
Não há tempo para reflexões. O gado bovino abunda por aqueles lados e não gostaria de ter um "tête-a-tête" com ele. Há que estar atento.
Com menos de 1/3 do percurso (31 Km) para percorrer, começamos assim um troço de curvas exigentes que nos leva ao rio Tuela. São as minha preferidas . Difíceis por serem algo apertadas mas com boa visibilidade, o que nos dá um impulso para sermos mais atrevidos.
Neste troço as limitações de velocidade são reduzidas. Apenas 1 aldeia (Vila Verde) e uns quantos cruzamentos com estradas secundárias. Um verdadeiro oásis quanto a limitações e regras, no formigueiro em que vivemos.
E assim chegamos à velha cidade de Bragança. Se gostaste do passeio e soube-te a pouco, então volta para trás e terás o dobro das sensações!
Boas curvas