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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Quick Shifter – o quarto elemento: põe um e goza à brava!

O motor de combustão interna, com um século e meio de existência (precisamente, faz este ano essa bela idade), teve ao longo deste tempo uma lenta e gradual evolução, chegando ao século XXI com a sensação de que estava esgotado de novas soluções tecnológicas.
Ironia do destino, quando parecia que pouco ou nada havia mais para dar, a electrónica e a informática deram um novo fôlego a este idoso mecanismo.
Assim, apareceram muitas inovações que resultaram em múltiplos benefícios: para poluir menos o ambiente (por imposição legislativa, claro!), para maior segurança, para assistência e melhorar o conforto na condução.
Motos como esta Multistrada 1200, são dotadas de autênticos
mini-computadores com possibilidades de fazer combinações quase infinitas
Destaco como inovações mais importantes, a ignição electrónica, a injecção (substituindo os carburadores), o ABS, os punhos aquecidos, o GPS , os computadores/painéis de bordo digitais/informatizados.
De forma mais exclusiva (só em motos de gama alta), podemos encontrar muitos mais: o arranque sem chave, o cruise control – controlo de velocidade (sim, sim, já sei que foi inventado muito antes um sistema mecânico), o controlo de tracção, as suspensões de regulação electrónica, o indicador de pressão dos pneus, o assistente ao arranque em subida, os diferentes mapas de potência do motor, e por fim o quick shifter (mudança rápida de velocidades), tema que me trás aqui a escrever sobre este assunto.
Quick Shifter na R 1200 GS
Tudo isto para dizer que de todas as inovações enumeradas (e outras que puderam passar-me ao lado), quase nenhuma serve para que o piloto se divirta na condução. Digo quase, porque as suspensões electrónicas, ok, são úteis para ajustá-las ao tipo de condução pretendida e ademais já estão associadas aos mapas de potência do motor, mas reduz-se tudo a esse acto. Os mapas de potência do motor são fixes, mas são indicados para diminuir a potência máxima no sentido de se ajustar a condições adversas, como é o tempo, o tipo de piso ou de tráfico.
Onde podemos obter muita diversão e adrenalina, é com o controlo de tracção na sua vertente mais evoluída, em que ademais de poder estar conectado directamente aos mapas de potência e à regulação das suspensões, o seu nível de sensibilidade pode ser escalonado, permitindo através de uma aceleração mais agressiva, conseguir derrapagens controladas. Mas convenhamos, já sem falar, no gasto extra em pneus, é uma diversão donde acabamos por correr demasiados riscos: a velocidade em curva é demasia elevada para quem transita numa estrada nacional e se por acaso os pneus não estão nas condições ideais de temperatura ou apanhamos uma zona demasiado resvaladiça (gelo, areia) e ao melhor estilo MotoGP - upa! cú no ar, mortal em frente, costados no chão e moto para a sucata!

O control de tracção e o cruise control, já começam a poder encontrar-se em motos mais acessíveis, com a adopção generalizada do acelerador electrónico.
Quick Shifter na BMW S 1000 XR
Mas o quick shifter, ou como designa a BMW – o assistente de passagem de caixa, é muito mais do que um mero acessório electrónico oculto. É o quarto elemento daquilo que considero mais divertido - acelerar-travar-curvar e agora “shiftear”. eh! eh!. É excelente para quem gosta de fazer curvas a bom ritmo, mas também se pode utilizar em condução normal. É tudo uma questão de hábito, a que nos adaptamos quase de forma instantânea!
O quick shifter, para aquilo que faz, é a coisinha electrónica mais simples do mundo: é uma diminuta caixa ligada à ignição e a um sensor na alavanca de velocidades. Quando acionada a alavanca, o sistema corta a ignição por fracções de segundo (entre 60 e 80 milisegundos), alivia a carga da caixa, permitindo assim subir e baixar de velocidades sem embraiagem e sem tirar gás (!).
Kit quick shifter
A maioria das marcas com modelos desportivos já tem disponível esse dispositivo, mas a BMW é quem o tem mais popularizado. Por aproximadamente 425€, podes optar por um como acessório (não tem que vir instalado de fábrica) nos modelos com os novos motores R1200 LC e nos desportivos S1000. Experimentei-o nas duas configurações (R1200RT e S1000RR), e posso afirmar que funcionam de forma perfeita e são extremamente viciantes, pois são do mais prático e eficiente.
Centralina
A Honda também tem o quick shifter disponível nas CBR1000 e nos motores VFR800, e não o tem disponível em mais motores, porque entraria em concorrência directa com os seu exclusivo e sofisticado sistema de dupla embraiagem DCT.
Sensor aplicado
Se estiveres a ficar entusiasmado e ao mesmo tempo decepcionado por não teres nenhuma de essas motos, não desesperes. Há casas especialistas nesta área que disponibilizam o sistema para as motos mais populares do mercado. Por exemplo, a HealTech (http://www.healtech.es/iqse-quickshifter-easy.html), distribuido em Portugal pela Full Control Motos (http://fullcontrolmotos.com/), tem o quick shifter para os mais variados modelos, desde o mais básico até ao mais sofisticado, pelo preço módico de 367€.
Centralina+sensor
Considero que, de toda a parfenália de dispositivos electrónicos que temos disponíveis neste momento, o quick shifter é aquele que mais te dá mais por menos - é o mais acessível de preço, mais prático, divertido e tiras partido dele a todo o momento.
Por isso vou repetir-te o conselho que já te dei logo no início: põe um e goza à brava! Eu vou fazê-lo e vai ser já na minha próxima moto!Vruuuuuuummmmm!!!





terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Uma data a recordar........

18 de Maio 2010

Companhero.. 70.000 kms depois estamos vivos !!!! Ah !! Ah !!!
Agora só falta saber qual será a próxima a ficar na foto.
Belas paisagens !!!!